IPB ao nível dos melhores na investigação
O Instituto Politécnico de Bragança foi reconhecido como uma das instituições portuguesas de ensino superior de maior prestígio, tendo por base os trabalhos publicados.
A análise abrangeu todo o mundo ibero-americano. O IPB destaca-se, claramente, como o melhor instituto politécnico português e à frente de muitas universidades, incluindo a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Vila Real.
“É um reconhecimento ao mais alto nível”, frisa o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, orgulhoso com os indicadores, que podem não se ficar por aqui. É que, para já, foram apresentados cinco indicadores (o IPB lidera dois) mas poderá vir a ser criado mais um.
“Aparecemos na maior parte dos índices como um Politécnico de maior qualidade e revela a boa aposta na qualificação do corpo docente que fizemos ao longo dos últimos anos”, frisa Sobrinho Teixeira.
“É a prova de que é possível produzir com qualidade no interior do país”, conclui o responsável máximo do IPB, frisando ainda que é possível fazer “investigação aplicada com questões colocadas pela própria região” e ajudar “ao seu desenvolvimento”.
Também na área de atração do investimento, o IPB surge destacado como o Politécnico que mais verbas da Fundação da Ciência e Tecnologia vai ter, com um total de 1.073.480,00 euros, o que equivale a 36 por cento de sucesso do financiamento requerido, com cinco candidaturas financiadas.
Comparativamente, por exemplo, a UTAD vai receber pouco mais de 170 mil euros por uma única candidatura aprovada.
Publicado em ‘Mensageiro de Bragança‘ de 24 Outubro de 2013.
A Cooperativa de Alfândega da Fé vai apostar na melhoria da qualidade da amêndoa produzida no concelho. Para tal vai desenvolver um projecto de investigação em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança para estudar as melhores variedades que se adaptam à região.
O campo experimental vai avançar no Outono e desenvolver-se durante cinco anos. “Queremos potenciar a plantação de novos amendoais para fazer a renovação dos pomares tradicionais com variedades bem adaptadas à nossa região”, explica o presidente da direcção da cooperativa. Para tal “surgiu a ideia de criar um campo de investigação selecionando variedades novas e podermos ver o seu desenvolvimento”. Eduardo Tavares acrescenta que para desenvolver este estudo vão ser plantados novos amendoais em áreas de sequeiro e de regadio.“A área ainda não está definida mas pode ir até aos cinco hectares e fazemos fazer o estudo das variedades em regime de sequeiro e de regadio, com vários tipos de poda e as fertilizações adequadas para ver a evolução da produção no nosso clima”, afirma.
O docente do IPB responsável pelo projecto adianta que além deste estudo também vai ser dada formação aos agricultores sobre as melhores técnicas de cultivo.“Assim que formos tendo informação vamos disponibilizando aos agricultores”, refere José Alberto Pereira, acrescentando que “vamos tentar fazer alguma formação aos agricultores, no próximo ano, sobre fertilidade do solo e irrigação”.
Um estudo experimental só deverá ter resultados dentro de cinco anos para melhorar a qualidade da amêndoa produzida em Alfândega da Fé.
Os resultados de ensaios de laboratório, realizados no âmbito da tese de doutoramento da professora do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) Maria José Alves, foram destacados em publicações científicas internacionais, como o Journal of Applied Microbiology, por se ter conseguido, pela primeira vez, identificar compostos de cogumelos silvestres eficazes na neutralização de bactérias resistentes a antibióticos.
Isabel Ferreira que, juntamente com Anabela Martins tem vindo a desenvolver diversos projetos de investigação na área dos cogumelos silvestres, no IPB, e orientadora principal da tese que Maria José Alves apresentou à Universidade Católica Portuguesa, explicou-nos que nesta fase os ensaios foram realizados in vitro. Para que os estudos possam despertar o interesse das farmacêuticas, serão necessários estudos in vivo, ou seja como animais infectados com estas bactérias resistentes a antibióticos, o que requer tempo e dinheiro. Também será necessário identificar a substância ativa que torna os compostos eficazes.
Este trabalho foi possível devido à colaboração da Unidade de Chaves do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e teve a virtualidade de identificar bactérias em contexto real. Ao todo, as investigadoras identificaram 15 estirpes bacterianas e submeteram a prova 16 compostos de cogumelos silvestres. Destes, seis apresentaram resultados positivos, no que respeita à neutralização das bactérias. Isabel Ferreira explicou que os compostos podem também potenciar o efeito dos antibióticos que, até aí, em determinadas bactérias, não surtiam efeito.
Perante a boa aceitação da comunidade científica internacional do estudo que realizou em colaboração com Isabel Ferreira e Anabela Martins, e, posteriormente, com Manuela Pintado, da Universidade Católica, Maria José Alves revela-se contente, não a título pessoal, mas acima de tudo por este trabalho resultar de uma colaboração entre a instituições de ensino e um hospital. “A ideia que tem que passar é que as instituições podem colaborar umas com as outras”, disse.
Anabela Martins sublinhou também o facto de este e outros estudos, publicados em revistas científicas internacionais, revelarem que não só no Porto, Lisboa e Coimbra se faz investigação científica de qualidade.
Maria José é analista clínica no Hospital de Chaves e simultaneamente professora na Escola Superior de Saúde do IPB.
Contou-nos que o seu estudo se desenvolveu ao longo de três anos, mas resultou de uma investigação de há longa data que vem sendo realizada no IPB, sobre os cogumelos e as suas propriedades terapêuticas e nutricionais, por docentes da Escola Superior Agrária como Anabela Martins e Isabel Ferreira.
Estes trabalhos de investigação têm conduzido a outros resultados. Por exemplo, Isabel Ferreira, apresenta hoje, na Semana de Tecnologia e Gestão, uma palestra sobre os resultados terapêuticos de estratos de cogumelos em células tumorosas. Os ensaios in vitro foram também realizados no âmbito de uma tese de doutoramento. Agora, numa segunda fase, decorrem já experiências em ratinhos, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, para verificar se o potencial anti-tumoral demonstrado pelos compostos in vitro se mantém.
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