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Blogue de notícias da Escola Superior Agrária de Bragança

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Escola Agrária apostada em valorizar carnes

Iniciativa de inovação tecnológica envolve todo o sector produtivo, dos produtores pecuários à indústria de transformação e comercialização

O Instituto Politécnico de Bragança, através da Escola Agrária, tem em fase de desenvolvimento um projecto de valorização, para posterior comercialização, de carnes de ovelha e cabra. Este projecto incide no tratamento da carne de animais que não podem ser comercializados com marcas de qualidade com selo de Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP), por não se tratarem de animais de leite. Por não se tratarem de animais de leite, com a inovação introduzida, o objectivo é comercializar esta carne em nichos de mercado exigentes, como os da alta cozinha.

“O grande objectivo do projecto é conferir um valor acrescentado a animais que são de um escasso valor comercial”, explicou ao Mensageiro Alfredo Teixeira, professor responsável pela investigação.

Tendo a Escola apresentado estes produtos na última Alimentaria & Horexpo, da Feira Internacional de Lisboa, é de sublinhar o interesse demonstrado por conceituados chefes de cozinha nestas carnes, apresentadas de forma inovadora. “Este é, no fundo, alcançar um dos grandes objectivos que tínhamos”, referiu o professor, acrescentando que “houve grande receptividade de chefes de cozinha de hotéis de elevada reputação”.

Isto é importante, também, porque a produção destas carnes não é muito significativa, sobretudo relativamente aos ovinos da raça bragançana que estão em vias de extinção. A aposta é, por essa razão, na qualidade, na valorização do que existe, e não na quantidade.

Essas carnes serão comercializadas na forma de “manta” após desossa, submetidas a salga e secagem ao ar frio, e em salsichas frescas, às quais, além das carnes dos referidos animais, é adicionada uma dose de gordura de porco da raça bísaro. Estas iguarias, necessitam, no caso das carnes salgadas, de uma demolha, semelhante à que se faz ao bacalhau. Depois, estão prontas para grelhar, sem qualquer tipo de condimento ou tratamento.

Segundo Alfredo Teixeira, o projecto, iniciado em Outubro passado, vem no seguimento de uma investigação prévia de cerca de três anos, feita a expensas próprias do Instituto, no âmbito da qual foram feitas provas de investigação. No âmbito dessa investigação prévia já resultaram três teses de mestrado e artigos publicados em revistas de impacto internacional. Está também a iniciar-se uma tese de doutoramento.

Após essa fase prévia foi feita uma candidatura ao Proder, envolvendo não só a parte da investigação, mas também a produção, através da Associação Nacional de Caprinicultores da Raça Serrana e da Associação de Produtores de Ovinos da Raça Galega Bragançana, e o sector da transformação e comercialização, através da Bísaro – Salsicharia Tradicional, Lda com sede em Gimonde – Bragança.

O financiamento global do projecto foi de cerca de 200 mil euros, mas não contemplou financiamento para criação e registo de uma marca, por parte da indústria de transformação e comercialização. No entanto, essa indústria está na disposição de criar, a expensas próprias, essa marca de qualidade. “A mais prejudicada, em termos de financiamento, foi a transformação. Foi unicamente graças à boa vontade deles que o projecto foi levado a bom porto”, referiu Alfredo Teixeira.

A iniciativa está quase numa fase de finalização, podendo os produtos ser comercializados logo que a indústria o deseje fazer. No entanto, vão ainda ser realizados testes sensoriais, com painéis de provadores da própria escola e testes junto de consumidores. Isto “para termos uma amostragem grande que nos permita depois fazer um tratamento estatístico destes dados e poder publicá-los”. Estas análises poderão ser importantes ainda para chegar à fórmula perfeita da transformação dos produtos.

em Mensageiro Bragança.

3º lugar do Concurso de Tecnologias do Espaço Food I&DT para Projecto da ESA

O Instituto Politécnico de Bragança, representado pela Escola Superior Agrária (ESA-IPB), esteve presente no concurso de tecnologias do espaço FOOD I&DT, integrado na Alimentaria & Horexpo 2011, na FIL em Lisboa, que decorreu de 27 a 30 de Março, com o projecto CHESTNUTSRAD Tratamento Alternativo de Conservação de Castanha. Estiveram a concurso 52 tecnologias de várias Universidades e Politécnicos, das quais foram seleccionadas 25 para o espaço de exposição Food I&DT. Ao projecto CHESTNUTSRAD foi atribuído um Diploma de Honra  correspondente ao 3º lugar, por um júri composto por entidades empresariais e da Agência de Inovação e entregue pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Manuel Heitor.

Este projecto propõe uma tecnologia de tratamento de castanha por irradiação como alternativa às tecnologias existentes, permitindo o aumento da competitividade das empresas agro-alimentares de uma fileira estratégica no Plano de Desenvolvimento Rural, através do aumento do seu índice tecnológico na produção e valorização da castanha, ao proporcionar ao mercado um produto
com qualidade e segurança.

O estudo da viabilidade desta tecnologia é financiada pelo programa QREN Co-Promoção I&DT, através do projecto nº 3198/2010 e, para além da ESA-IPB, conta com a participação da empresa Agroaguiar Lda, Universidade do Minho e Instituto Tecnológico e Nuclear.

Diploma

Projecto CHESTNUTSRAD

IPB Internacional

Mestrado com Universidades Ibero-Americanas

4º Workshop em Bioinformática

4º Workshop em Bioinformática da ESA/IPB, a realizar em 27 e 28 de Abril de 2011.
Auditório Pequeno da Escola Superior Agrária de Bragança.

bioinfotmatica
Mais informação e inscrições online em http://www.esa.ipb.pt/bioinformatica/

bioinfotmatica

 

4º Workshop em Bioinformática

Mestrado em Agroecologia é nova aposta do IPB

Escola Superior Agrária avança com um mestrado em Agroecologia com instituições de ensino do Brasil, Espanha e México

No próximo ano lectivo já deve estar a funcionar o mestrado em Agroecologia, uma formação que resulta de uma parceria entre a Escola Superior Agrária de Bragança (ESA) e três universidades estrangeiras, nomeadamente a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade de Léon e a Universidade Autónoma de Chapingo.

Representantes das várias instituições estiveram em Bragança nos dias 24 e 25 de Março para participar num workshop sobre Agroecologia. Foram estabelecidos acordos para começar a trabalhar no mestrado, que o presidente da ESA, Albino Bento, considera poder avançar dentro de poucos meses. Foram ainda estabelecidas parcerias com vista à mobilidade de docentes e alunos a nível da investigação com a universidade mexicana, tal como já sucede com as restantes. “Parece-nos muito interessante para os alunos, porque o mestrado tem titulação conjunta. O título obtido aqui em Bragança é reconhecido nos outros países”, explicou o presidente da ESA. O plano de estudos está pronto e vai ser enviado para os respectivos ministérios da tutela para ser aprovado. “Até início do próximo ano lectivo deve haver novidades”, acrescentou.

Até ao final de Abril deverá elaborado um projecto Erasmus Mundus. “Porque se prevê que os alunos possam fazer uma parte do mestrado na instituição de outro país”, referiu o responsável pela escola brigantina. O intercâmbio de estudantes e professores agrada ao representante da universidade mexicana que considera ser uma vantagem. “Cada instituição pode oferecer os seus pontes fortes e experiências”, disse Juan Rodrigues, professor do departamento de Agroecologia da Universidade de Chapingo, cujos 22 cursos são relacionados com a agricultura. Esta instituição está a investir na Agroecologia e já tem uma licenciatura. “Por ser uma área pioneira e fundamental para a agricultura”, esclareceu. A Agroecologia pode ser uma área com saídas interessantes no futuro, tanto mais que a agricultura sustentável está cada vez mais na ordem do dia. Xavier Lopez, director da Escola de Engenharia Agrária de Léon, é dessa opinião e defende que com o mestrado conjunto “podem ocupar um nicho de mercado que merece um trabalho de desenvolvimento”. Carlos Carvalho, pró-reitor de pesquisa e pós graduação da Universidade do Recôncavo da Bahia, sublinhou a importância da cooperação entre instituições.

 

Hortas de Lazer


Iniciativa “HORTAS de LAZER” [Cartaz]

Um ano de Terra Mater

Ecomuseu de Picote aposta na valorização ambiental e do património rural.

O Ecomuseu Terra Mater, em Picote, quer tornar-se num centro de “valorização ambiental e do património rural da Terra de Miranda”.
A unidade museológica, que agora assinala uma ano de existência, já é uma espécie de “laboratório” de ensaio das relações entre o património material e imaterial, mas pretende tornar-se num espaço cultural aberto à intervenção das populações e ao intercâmbio com os visitantes.
A técnica do Ecomuseu, Margarida Ramos, garante que a pretensão do trabalho desenvolvido e a desenvolver passa pelo reconhecimento e divulgação dos recursos endógenos, os saberes tradicionais na cultura local e comunidades rurais, adaptando-os às novas tecnologias.
Para tal, os técnicos do ecomuseu estão a trabalhar num projeto denominado “Cultibos, Yerbas, Saberes, Biodiversidade, Sustentabilidade e Dinâmica em Terras de Miranda”, em parceria com a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança e a Associação Frauga.
“O projecto tem como objetivos inventariar, recuperar e conservar o património etnobotânico, considerando as várias componentes, espécies, usos, práticas e saberes em risco de erosão”, explicou a técnica do ecomuseu.
A iniciativa é financiada pelo QREN, através do Programa Operacional do Norte (ON-2 O Novo Norte) e está orçado em cerca de 140 mil euros.
No decurso do projecto, as entidades envolvidas têm a seu cargo a realização de um trabalho de campo intensivo, que conta com a participação da população rural de toda a Terra de Miranda.

No primeiro ano de vida, o centro interpretativo foi visitado por mais de 500 turistas.

“Este trabalho tem como missão inventariar espécies agrícolas e silvestres tradicinais outrora muito utilizadas e actualmente pouco ou nada cultivadas, bem como fazer a recolha de propagação dessas espécies tradicionais,” avançou Margarida Ramos.
Por outro lado, há um “importante” trabalho que organizará uma colocação de “propágulos” (elementos que têm por função propagar a sua espécie), que ficará patente no Ecomuseu de modo a ceder o material aos visitantes e às populações interessadas. Além disso, serão enviadas amostras para o Banco Português de Germoplasma Vegetal, entidade com a qual a Frauga estabeleceu um protocolo, que garante a conservação das espécies tradicionais.
Segundo António Bárbolo, um dos mentores do Ecomuseu, todo o projecto será desenvolvido a médio e longo prazo, sendo certo que no primeiro ano de vida, o centro interpretativo foi visitado por mais de 500 turistas.
“O sucesso deste espaço não se pode medir pelo número de visitantes, mas sim pela envolvência das pessoas nas iniciativas levadas a cabo por toda a estrutura,” sublinhou o responsável.
O Ecomuseu Terra Mater foi delineado há cerca de 10 anos, tendo sido alvo de um investimento de 200 mil euros, financiados por empresas e instituições como a REN, EDP, CGD e Câmara Municipal de Miranda do Douro.

em Jornal Nordeste

Workshop Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável


Cartaz/Programa
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XII Semana das Ciências Agrárias


Erasmus 2011/2012: sessões de divulgação

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