Afixado na página Alunos:.ESA o calendário de exames das Licenciaturas para o 1.º semestre de 2014/2015
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O mel transmontano poderá chegar a um maior número de países. O simpósio dedicado à fileira, que terminou ontem, no Instituto Politécnico de Bragança, deu a conhecer o produto a investigadores de mais de 30 países.
Durante o debate a criação de legislação para os produtos da colmeia foi um dos temas em destaque. Os investigadores que passaram por Bragança vão contribuir para a promoção do mel de Trás-os-Montes nos seus países.
Quem o diz é o responsável do IPB pelo Simpósio sobre o mel. Miguel Vilas Boas destaca a importância do simpósio para a comercialização do mel português no estrangeiro. “O mel que vai sair daqui para qualquer um dos 30 países será uma forma de marcar a posição deste mel nestes mesmos países”, frisou. O responsável do IPB defende, ainda, que é preciso valorizar o mel da região, através da diferenciação do produto, e “uma das possibilidades, que se aplica por exemplo ao azeite, onde existe azeite de vários níveis de graduação, como é o caso do azeite extra virgem ou virgem”. “O mel pode vir a ter os níveis da mesma forma, e esses níveis associados a parâmetros de qualidade diferentes”, explicou.
Já Paulo Ventura, da Cooperativa de Produtores de Mel da Terra Quente, sublinha que é prioritário que se faça uma legislação para os produtos da colmeia e destacou a importância do “estabelecimento de parâmetros de qualidade dos produtos”. Os “novos métodos de analisar a qualidade do mel e criação de novos produtos da colmeia” foram também alguns pontos de destaque do produtor.
As propostas de legislação vão agora chegar aos responsáveis da União Europeia.
Mais de uma centena de investigadores de 30 nacionalidades reúnem-se durante quatro dias, em Bragança, para discutirem a apicultura e elaborarem propostas de regulamentação do setor a apresentar à União Europeia, divulgou hoje a organização.
A implementação de normas para o comércio de produtos, como a geleia real e pólen, com um valor comercial superior ao próprio mel, é um dos temas da ordem de trabalhos do simpósio internacional que decorre entre domingo e quarta-feira, organizado pelo Centro de Investigação de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança e pela Federação Nacional dos Apicultores de Portugal.
Segundo explicou à Lusa o coordenador do evento, Miguel Vilas Boas, “é deste fórum de discussão que muitas vezes sai a legislação e a regulamentação que a União Europeia aplica na apicultura”.
No simpósio de Bragança serão apresentadas, de acordo com aquele responsável, “as primeiras propostas de regulamentação para a exportação da geleia real e pólen, que serão encaminhadas aos peritos da União Europeia”.
A geleia real é um dos produtos mais caros da apicultura, vendida sobretudo para indústria farmacêutica, mas que também é consumida diretamente, assim como o pólen.
“Um dos grandes problemas na Europa é que a galeia real é toda importada da China e é necessário haver legislação para assegurar parâmetros de qualidade”, afirmou.
A exploração comercial interna destes produtos ainda é pequena, segundo o coordenador do evento, que apontou o caso de Portugal, aonde “apenas um ou dois produtores exporta geleia real”.
O interesse pela apicultura tem crescido em Portugal com uma produção média anual de mel que ronda as 10.800 toneladas, que representam um negócio superior a 29 milhões de euros em que a procura é superior à oferta.
O presidente da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), Manuel Gonçalves, adiantou à Lusa que estão registadas no país 600 mil colmeias de 17 mil apicultores, mil dos quais profissionais que vivem exclusivamente desta atividade e detêm 40 por cento do total das colmeias nacionais.
A atividade é rentável, assegurou o dirigente, adiantando que “um apicultor com 350 colmeias, o patamar mínimo de rentabilidade de uma exploração apícola, consegue tirar um vencimento, para ele e outra pessoa, na ordem dos mil euros, amortizar o investimento e no final de seis anos tem tudo pago”.
A realização do simpósio internacional em Bragança reflete, segundo os organizadores, “a dinâmica do setor apícola em Portugal e também a importância que a atividade representa na região” de Trás-os-Montes.
A maior parte dos participantes neste encontro são oriundos de países europeus, mas também de Brasil e Colômbia, Arábia Saudita, Rússia e Irão.
HFI.
Lusa/fim
Publicado em ‘Porto Canal‘.
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