Publicado no sitio da ESA o Calendário de Exames de Trabalhadores-Estudantes e Finalistas 2011/2012.
Publicado no sitio da ESA o Calendário de Exames de Trabalhadores-Estudantes e Finalistas 2011/2012.
Cartaz – summer course Introduction to Econometric Production Analysis with R
É bem conhecida ao longo da história de Portugal a mistura de genes entre portugueses e africanos. Recentemente ficou-se a saber que algo semelhante também terá acontecido com as populações portuguesas de abelha-comum da subespécie ibérica (Apis mellifera iberiensis). Esta é uma das principais conclusões de um estudo liderado por investigadores do Instituto Politécnico de Bragança, em que foram revelados 16 novos tipos de ADN com origem africana para esta espécie.
Apesar de diversos trabalhos realizados com abelhas recolhidas em Espanha terem revelado anteriormente 17 tipos de ADN com origem africana, esta foi a primeira vez que foi feito um estudo genético das abelhas portuguesas. Assim, entre 2008 e 2010, foram recolhidas abelhas de 950 colónias em colmeias distribuídas por todos os distritos de Portugal Continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira, tendo-se registado de forma algo inesperada a presença desses 16 novos tipos de ADN com origem africana. Deste modo, torna-se mais provável a hipótese de uma colonização natural antiga da Península Ibérica por enxames africanos, sendo considerado menos plausível que esta diversidade genética se explique pelas trocas de abelhas promovidas pela apicultura.
Mas qual a futura aplicação dos resultados deste estudo? A abelha-comum (Apis mellifera) é responsável pela produção de mel e de cera, mas sobretudo pela polinização de diversas culturas agrícolas e espécies de plantas silvestres. Por isso, não é de estranhar a preocupação quando os apicultores começaram a registar a partir de 2006 uma mortalidade massiva de abelhas em regiões como a Europa e o Estados Unidos da América. Ainda não se sabe o que causou este colapso das colónias de abelhas, mas presume-se que tenha sido um conjunto de fatores que incluem a degradação do habitat, a disseminação de novas doenças por uma espécie de ácaro, a introdução de novos parasitas e a influência dos pesticidas.
Uma vez que este estudo agora publicado, no número de Maio da revista Apidologie, reforça a importância da Península Ibérica como reservatório de diversidade genética, será mais fácil promover a proteção desta diversidade bem como incluir as populações ibéricas em programas de conservação da espécie. Com maior diversidade genética, será mais fácil a este inseto ultrapassar os crescentes desafios que se põem à sua preservação.
Publicado em ‘O Baluarte‘.
O Mestrado em Biotecnologia, da Escola Superior Agrária de Bragança, a partir de 2012/2013 será ministrado em inglês.
O IPB assinalou a data com a distribuição de plantas nas ruas e sensibilizou para a importância da manutenção da ligação à terra
Os brigantinos que passaram na Praça da Sé e no Parque do Eixo Atlântico foram surpreendidos no passado dia 18 de Maio com exposições de plantas e distribuição de hortícolas e aromáticas produzidas nas estufas da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). A iniciativa teve como objectivo principal sensibilizar os cidadãos e mostrar-lhes que “as plantas estão na nossa vida todos os dias quer através dos alimentos quer de outras aplicações na agricultura e produtos transformados”, explicou Sílvia Nobre, professora na Escola Superior Agrária (ESA). Foram ainda realizados vários jogos didácticos com as crianças do pré-escolar e do ensino básico. A docente considera que este tipo de sensibilização é importante para fazer o apelo às origens e à importância dessas origens. “Algumas pessoas quando estão a comer pão ou uma bolacha já não se lembram que ele vem do cereal”, frisou. Os mais novos muitas vezes desconhecem que os cereais que comem ao pequeno almoço foram confeccionados com milho e trigo, “apesar de a própria palavra cereais fazer essa evocação”, acrescentou. José Costa, 87 anos, reformado, andava em passeio pela Praça da Sé e deparou-se com a exposição de plantas. Ficou surpreendido e aproveitou para espreitar para se inteirar do que se tratava. Achou a ideia interessante. “Não sabia que era o dia das plantas, mas acho isto bonito e bom. Antigamente fabricava umas terras. Tinha de tudo”, contou.
As plantas não são só importantes na alimentação, também o são em várias energias renováveis, daí que o IPB se tenha associado às comemorações do Dia Mundial do Fascínio das Plantas. “Ê algo que está a ser comemorado internacionalmente a que o IPB se juntou no sentido de falar das plantas mas também das suas utilizações na dietética, nutrição. Há pontos em três locais de Bragança, nomeadamente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, aqui na Praça da Sé e no Eixo Atlântico”, justificou a docente.
A procura de plantas foi muita, tanto mais que eram gratuitas e diversificadas, desde as aromáticas, como a salsa e o manjericão, até às hortícolas, nomeadamente tomate, quiabos, ervilha, feijão, cereais, entre outras. Também havia castanheiros e outras árvores. Estavam ainda expostos vários produtos transformados, como a massa, as bolachas, óleo de colza, que tiveram na sua base plantas como os cereais. Na região ainda se vive próximo da terra e da agricultura. “Muitas pessoas têm raízes nas aldeias e é importante que não percam esta dimensão”, concluiu Sílvia Nobre.
O comerciante Luís Morais também decidiu indagar a razão do aparto matinal na Praça da Sé e até teve direito a uma ervilha pronta a plantar. “Vou plantá-la, mesmo já sendo um pouco tarde para a sementeira, é para ver no que resulta. Tenho um quintal e gosto de lá passar algum tempo ao fim-de-semana. Há pessoas que desconhecem o processo de crescimento das plantas”, explicou.
Publicado em ‘Mensageiro Bragança’ 24-05-2012.
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo distribuiu cerca de 50 talhões de terreno na vila com o objectivo de os cidadãos criarem pequenos campos de cultivo, num espaço de meio hectare. Trata-se do projecto Hortas Comunitárias cuja primeira fase passa pela ocupação de terrenos na zona do parque urbano. A segunda fase deverá avançar no próximo ano na zona da Fonte Carvalho, para onde estão previstos 150 talhões numa área de 10.000 m2. “Os terrenos não estavam a ser usados, porque os projectos a que são destinados não conseguem ser concretizados devido aos orçamentos. Desta forma dá-se um uso”, explicou Alexandra Sá, vereadora dos Espaços Verdes, no passado dia 19 altura quando as hortas foram distribuídas. O objectivo da iniciativa passa pela promoção da horticultura biológica de forma sustentável, bem como a melhoria da qualidade do ambiente, além de que os produtos a cultivar podem ser uma ajuda na economia doméstica. Os talhões têm uma área entre 30 a 50 m2, água gratuita, que provém de linhas de água e aproveitamento das águas pluviais. O sistema de rega é por gravidade e todos os talhões dispõem de um ponto de água. Os utilizadores podem ainda contar com formação em ambiente, agricultura ou áreas similares.
Apesar de muita gente se ter candidatado às hortas ainda sobraram quatro talhões, que de• verão ser atribuídos em breve. O que pode ter ficado a dever• se ao facto de ter passado a ideia” de que se destinavam só a pessoas carenciadas, o que não é verdade, apesar de se privilegiarem pessoas com menos recursos, mas estamos abertos a todos”, referiu Alexandra Sá, que deu ainda conta de que a procura dos espaços se mantém.
A maioria dos candidatos são pessoas empregadas que querem dedicar o tempo livre às hortas. “É um contributo económico para o orçamento familiar, mas também é uma forma de lazer e de ocupação do tempo. Também pode ser formação para os seus filhos que assim podem contactar com a agricultura”, acrescentou.
O projecto das Hortas Comunitárias conta com o apoio do Instituto Politécnico de Bragança, cujos docentes da Escola Superior Agrária deram formação aos agricultores moncorvenses. Ainda que se trate de um concelho onde as populações mantêm uma ligação à terra, Manuel Rodrigues, docente no IPB, considera que faz sentido facultar hortas na vila. “O tempo nem sempre é aquele que se deseja, as deslocações têm custos e aqui as pessoas podem distrair-se, fazer exercício e conviver”. A área de cada talhão é considerada muito significativa para o cultivo. “Se conseguirem cultivar adequadamente os espaços, muitos poderão deixar de ir à loja comprar os legumes. Podem cultivar aqui desde a batata, cebola, alho, entre outros vegetais”, frisou o docente. A maioria dos novos agricultores têm conhecimento suficiente para começar a trabalhar. “Isto faz-se por simpatia, uns serão melhores do que outros, mas podem trocar ideias e ajudar-se. Os menos informados podem aprender com quem sabe, se for necessário conhecimentos mais técnicos a parceria com o IPB pode ajudar”, explicou o professor. O Instituto Politécnico também tem experiência na distribuição de hortas, ainda que mais pequenas, cujo “êxito tem sido interessante e a área está a aumentar”, garantiu Manuel Rodrigues.
Publicado em ‘Mensageiro Bragança’ 24-05-2012.
Calendário de Exames relativo ao 2.º Semestre de 2011/12 afixado na página da ESA-IPB.
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