Doenças do castanheiro

Dados Gerais

Coordenador/aEugénia Gouveia
Unidade orgânicaEscola Superior Agrária do IPB
Centro de InvestigaçãoCIMO - Centro de Investigação de Montanha

Eugénia Gouveia
João Paulo Castro
Felícia Fonseca
Lurdes Jorge
Valentim Coelho
Jorge Araújo

A dispersão de doenças, que sucessivamente foram introduzidas no ecossistema castanheiro, como a conhecida e temível Doença da Tinta presente em Portugal desde 1938 e o Cancro do Castanheiro, uma doença de quarentena (lista A2- OEPP) são entraves da maior importância para a produção de castanha, aumento da área de produção e vitalidade do ecossistema castanheiro.
São prioridades deste grupo – Doenças do Castanheiro - responder a necessidades concretas da produção primária e encontrar soluções inovadoras e eficazes no combate às doenças que provocam a morte dos castanheiros.

Linhas de InvestigaçãoDoença da Tinta do Castanheiro
A Doença da Tinta, associada a espécies do género Phytophthora, provoca a destruição das raízes com a consequente morte das árvores. Meios de luta culturais, biológicos, químicos e bioquímicos e os meios de luta genéticos com a obtenção de plantas resistentes à doença foram desenvolvidos para controlar a doença. Garantir a vitalidade dos castanheiros durante o seu prolongado período de vida implica uma estratégia de aplicação preventiva das diferentes estratégias para evitar a introdução e dispersão da doença nos soutos.

Os desafios científicos que nos propusemos alcançar em projetos de investigação e desenvolvimento experimental permitiram obter resultados que têm aplicação nos viveiros, no diagnóstico da doença nas plantas, solo e água e na avaliação de estratégias de proteção aplicadas durante o prolongado ciclo de vida do castanheiro.


Cancro do Castanheiro (Cryphonectria parasitica)
O Cancro do Castanheiro, com grande agressividade e capacidade de dispersão já provocou a morte a muitos milhares de castanheiros (10% de árvores estão afetadas) desde a sua introdução em 1989. A luta biológica por Hipovirulência, um método muito específico e eficaz, permite a cicatrização dos cancros e a recuperação total das árvores.

O Instituto Politécnico de Bragança desenvolveu um bioproduto (DICTIS) depois de identificadas e caraterizadas as estirpes hipovirulentas compatíveis com a população virulenta do fungo presente em Portugal. O protocolo Instituto Politécnico de Bragança/ DGAV (Ministério da Agricultura de Portugal), Programa de Luta Biológica para Tratamento do Cancro do Castanheiro (Cryphonectria parasitica)- permite disponibilizar aos produtores de castanheiro esta nova metodologia de combate ao Cancro do Castanheiro. O método é muito eficaz como pode ser comprovado pelos 640 produtores que já o aplicaram.

Projetos e serviços de apoio à comunidade
Protocolo Instituto Politécnico de Bragança/ DGAV (Ministério da Agricultura de Portugal), Programa de Luta Biológica para Tratamento do Cancro do Castanheiro (Cryphonectria parasitica - 2015-2020. IPB/Cimo-Instituição Coordenadora.
SIMWOOD - Sustainable Innovative Mobilisation of Wood. Projeto nº 613762, FP7- KBBE.2013.1.2-07, 2013-2017
PTDC/AGRPRO/4606/2012 “ HiCC- Luta Biológica por Hipovirulencia contra o Cancro do Castanheiro em Portugal” – FCT e programa COMPETE, 2012-2015. IPB/Cimo-Instituição Coordenadora.
Programa PRODER, medida 4.1 – Cooperação para a inovação, Projeto nº 44853 - “Aumento da produção de castanha e recuperação dos castanheiros doentes pela aplicação da luta biológica contra o Cancro do Castanheiro” de 01-05-2012 a 31-12-2014. IPB/Cimo-Instituição Coordenadora.
COMBATINTA/SP2.P11/02 INTERREG IIIA. INTERREG III A – Cooperação Transfronteiriça Portugal –, 2000-2004”. IPB/Cimo-Instituição Coordenadora
Cultura do Castanheiro: Desenvolvimento experimental de meios de protecção integrada. “ Projecto AGRO -IED nº 219. EFN, DRTM, IPB/ ESAB. Programa AGRO, Projecto Agro Medida 8.1. Ministério da Agricultura.. IPB/Cimo – Instituição Coordenadora.
Publicações
Gouveia, M. E., 1993. Doença da Tinta do Castanheiro. Avaliação da Resistência a Phytophthora cinnamomi Rands. Dissertação de Mestrado em Protecção Integrada. Universidade Técnica de Lisboa. Instituto Superior de Agronomia. Lisboa.
Gouveia, M. E., 2004. Métodos Moleculares na Identificação, Caracterização e Detecção de Phytophthora cambivora (Petri) Buisman e Phytophthora cinnamomi Rands Associadas com a doença da Tinta do Castanheiro. Tese de doutoramento em Ciências Agronómicas/Protecção Vegetal. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Vila Real.
Gouveia, E., Coelho, V., & Monteiro, L., 2010. Potential of local hypovirulent strains of Cryphonectria parasítica for biological control of Chestnut Blight. Acta Horticulturae, 866:443-448.
Jorge, L., 2015. Contribución al estudio del sistema de lipasas de Trichoderma harzianum.Tese de doutoramento. Universidade de Salamanca. 179pp
Ibáñez, I., Pereira, E., Moura, M., Castro. J., Gouveia, E., 2015. Natural spread of Hypovirulence in Cryphonectria parasitica. A case study, Sergude - Minho – Portugal. Revista das Ciências Agrárias, ISSN 0871-018X. 38:2, p. 266-274.
Pereira, E., Rigling D., Prospero, S., Gouveia, E., 2015. Biological control of Chestnut Blight. Detection, Identification and characterization of the Hypovirus – CHV1. Revista das Ciências Agrárias. ISSN 0871-018X. 38:2, p. 258-263.
Moura, L., Pereira, G., Costa, S., Martins, M., Gouveia, E. 2015. Chestnut Blight in the Minho region. Population structure and genetic variability of Cryphonectria parasitica. Revista das Ciências Agrárias. ISSN 0871-018X. 38:2, p. 238-247.

Serviços disponíveisDoença da Tinta do Castanheiro
  • Sondas moleculares para diagnóstico de Phytophthora em plantas, solos e água
  • Identificação de pontos críticos de introdução da doença nos viveiros
  • Estudo e caraterização de material de propagação resistente (Híbridos)
  • Estratégia de proteção por ação biológica e cultural nos soutos de Castanea sativa
  • Estratégias de contenção (zonas tampão, SOS) para evitar a dispersão da doença nos soutos

Cancro do Castanheiro
  • Dictis - Bioproduto para Tratamento do Cancro do Castanheiro (C. parasitica)
  • Estudo da população virulenta do fungo (estrutura vctype) para aplicação da estirpe CHV1 compatível
  • Cursos de aplicação do bioproduto Dictis
  • Estudos de prospeção de micovírus e hipovirus para aplicação como meio de luta em outros cancros cortais de plantas lenhosas.