O mel transmontano poderá chegar a um maior número de países. O simpósio dedicado à fileira, que terminou ontem, no Instituto Politécnico de Bragança, deu a conhecer o produto a investigadores de mais de 30 países.
Durante o debate a criação de legislação para os produtos da colmeia foi um dos temas em destaque. Os investigadores que passaram por Bragança vão contribuir para a promoção do mel de Trás-os-Montes nos seus países.
Quem o diz é o responsável do IPB pelo Simpósio sobre o mel. Miguel Vilas Boas destaca a importância do simpósio para a comercialização do mel português no estrangeiro. “O mel que vai sair daqui para qualquer um dos 30 países será uma forma de marcar a posição deste mel nestes mesmos países”, frisou. O responsável do IPB defende, ainda, que é preciso valorizar o mel da região, através da diferenciação do produto, e “uma das possibilidades, que se aplica por exemplo ao azeite, onde existe azeite de vários níveis de graduação, como é o caso do azeite extra virgem ou virgem”. “O mel pode vir a ter os níveis da mesma forma, e esses níveis associados a parâmetros de qualidade diferentes”, explicou.
Já Paulo Ventura, da Cooperativa de Produtores de Mel da Terra Quente, sublinha que é prioritário que se faça uma legislação para os produtos da colmeia e destacou a importância do “estabelecimento de parâmetros de qualidade dos produtos”. Os “novos métodos de analisar a qualidade do mel e criação de novos produtos da colmeia” foram também alguns pontos de destaque do produtor.
As propostas de legislação vão agora chegar aos responsáveis da União Europeia.
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