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Etiqueta: incêndios

Seminário: Incêndios Rurais 2020

Seminário Incêndios Rurais

Seminário: Incêndios Rurais 2020

23 de Janeiro 2020 – Bragança – Escola Superior Agrária, Auditório Dionísio Gonçalves

24 de Janeiro 2020 – Valpaços – Auditório Arte e Cultura Luís Teixeira

Informações e Inscrições em https://esa.ipb.pt/incendios2020/

A Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança ofereceu 100 árvores para a iniciativa “1000 Oliveiras para Oliveira de Frades”, cuja plantação começou no passado sábado. A vila do distrito de Viseu foi assolada pelos incêndios de Outubro passado.

O objectivo da iniciativa é ajudar a replantar as áreas ardidas daquela região da Beira Alta. O director da Escola Superior Agrária, Miguel Vilas Boas, destacou que por existir um conjunto de formações e de investigação em olivicultura na Agrária, a Escola foi convidada a participar na iniciativa doando 100 oliveiras.

“A ESA tem um conjunto de acções de formações e de investigação em olivicultura, no que diz respeito às doenças das oliveiras e na produção desta árvore, por isso, foi convidada a participar e decidiu oferecer 100 oliveiras criadas nas nossas estufas”, frisou.

A ESA associou-se a esta causa solidária, com uma doação que tem um “valor simbólico e uma forma de reabilitar o país e ajudar na reflorestação, de uma forma ordenada e resiliente, como se pretende” referiu o director da Escola Superior Agrária, Miguel Vilas Boas.

Os padrinhos do evento foram os músicos Olavo Bilac e David Antunes.

Da iniciativa estavam previstas acontecerem três espaços de plantação, mas devido ao mau tempo, foi realizada apenas a 1ª acção e as restantes foram adiadas para breve.

em Rádio Brigantia

Mais mato, mais risco de incêndios

A paisagem está em rápida mudança no Parque Natural de Montesinho.  O risco de incêndios maiores e mais intensos nunca foi tão grande nos últimos 50 anos.

Na freguesia mais elevada e remota do Parque Natural de Montesinho, no limite extremo de Trás-os-Montes, mais de três quartos da terra cultivada que havia em 1958 estão ocupados por mato e floresta, aumentando consideravelmente a probabilidade de a área ser consumida por incêndios de grandes proporções, de acordo com as conclusões de um estudo feito por quatro cientistas portugueses e publicado este mês nos Estados Unidos por um dos maiores editores mundiais de ciência, a Springer.

João Carlos Azevedo, investigador do Instituto Politécnico de Bragança, e outros três cientistas estudaram a evolução da paisagem na freguesia de França, que, além desta aldeia, inclui ainda as localidades de Portelo e Montesinho, numa área total de 5700 hectares. Em 50 anos, as terras cultivadas passaram de 22 para menos de 5% da superfície da freguesia.

“Não é nada que não soubéssemos, mas o que este estudo traz é a confirmação dessa realidade com números, áreas e parâmetros”. O abandono dos campos tem sido acompanhado por um decréscimo acentuado da população das três aldeias, que passou de 834 em 1960 para 275 em 2001. Três vezes menos. Em contrapartida, a área ocupada por mato denso de giesta e urze tornou-se quatro vezes maior do que na década de 50. O estudo recorreu a modelos de simulação de fogo para chegar à conclusão de que, apesar de não haver nenhum incêndio grande na freguesia há dez anos, o risco de vir a ocorrer um mais intenso e devastador do que no passado está no seu nível máximo. França é uma das freguesias mais procuradas pelos turistas que visitam o Parque Natural de Montesinho.

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