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Blogue de notícias da Escola Superior Agrária de Bragança

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Instituições de ensino superior e representantes do sector da amêndoa estão a desenvolver soluções para aumentar a produtividade desta cultura em Trás-os-Montes.

O projecto está a ser desenvolvido em conjunto pelo IPB, UTAD e cooperativas agrícolas de Alfândega da Fé e de Torre de Moncorvo e pretende definir estratégias para contrariar a tendência da baixa produtividade da amendoeira na região. Em campos de teste instalados em Alfândega da fé e a em Torre de Moncorvo serão testados vários factores que levam à baixa produção, como explica António Castro Ribeiro, investigador do IPB.

“As nossas produtividades são muito baixas em comparações com outros países, como Espanha. Pretendemos implementar estratégias que visam aumentar a produtividade. Vamos avaliar o efeito da rega no aumento da produtividade da cultura, a influência da aplicação dos fertilizantes, monitorizar as principais pragas e doenças na cultura, e o papel das geadas”, salienta.

O projecto que se iniciou em 2015, vai prolongar-se por três anos. Período durante o qual o serão realizadas sessões de esclarecimento aos potenciais interessados em investir nesta cultura, semelhantes à que ontem teve lugar em Alfândega da Fé. Informações que vão ao encontro do interesse por este fruto seco, numa altura em que, de acordo com Eduardo Tavares, presidente da Cooperativa Agrícola de Alfândega, a rentabilidade desta produção atingiu um valor histórico. “Actualmente é um excelente investimento, não é apenas um bom investimento. Este ano o preço está entre 8 a 9 euros por quilo do grão da amêndoa, é um preço histórico. A tendência continua a ser de procura, e não há oferta para essa procura”, refere o também vice-presidente do Município de Alfândega.

A aposta pela produção de amendoal tem vindo a intensificar-se nos últimos anos em concelhos como Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mirandela ou Mogadouro.

Em Rádio Brigantia

jornadas lupulo e cerveja bragança

Jornadas de Lúpulo e Cerveja

Está a decorrer até amanhã, no Instituto Politécnico de Bragança, a terceira edição das Jornadas de Lúpulo e Cerveja – Novas oportunidades de negócio.

O objectivo do evento, organizado em conjunto com a Associação Bralúpulo, é debater as potencialidades da planta, nomeadamente as estratégias para redução de custos de produção, a transformação e a possibilidade de captar fundos comunitários para investimentos nesta produção.

O lúpulo foi mesmo a cultura mais rentável do distrito, entre as décadas de 60 e 80. No concelho de Bragança, chegou a haver cerca de 30 campos de lúpulo, num total de mais de cem hectares. No auge da produção, os produtores de lúpulo do distrito vendiam o produto à empresa Lupulex, que foi extinta em 1990. Nessa altura foi constituída a Bralúpulo, Produtores de Bragança e Braga e o lúpulo passou a ser vendida à Centralcer e actualmente é também vendido à Unicer. Além dos postos de trabalho que criava na altura da colheita, o lúpulo movimentava ainda o comércio, nomeadamente de adubos, pesticidas, alfaias e máquinas agrícolas.

Na década de 80, Bragança tinha uma cooperativa que recebia dezenas de produtores de lúpulo que partilhavam as máquinas de ripagem e secagem. A partir de finais da década de 80, houve uma reconversão da cultura, apostando-se na plantação da variedade Nugget, uma vez que a variedade produzida até então, deixou de ter valor comercial. Para a reconversão da cultura, os produtores tiveram o apoio de fundos comunitários, algo que consideram que é necessário garantir actualmente para a sobrevivência da cultura do lúpulo.

Agora há apenas duas explorações no distrito. Uma actividade que é mantida por gosto e não propriamente pelos rendimentos obtidos. Cada plantação tem 6 hectares e é explorada por 3 produtores, o que totaliza 6 produtores e 12 hectares de produção no distrito de Bragança e a nível nacional. António Rodrigues, em Pinela, no concelho de Bragança continua a dedicar-se à produção de lúpulo, apesar de considerar que actualmente a cultura não é rentável. “A cultura do lúpulo, presentemente, não é rentável. Os custos de produção são elevados. O valor pago ao produtor muitas vezes é inferior aos 4 euros. Neste momento, está estabilizado mas como os produtores não tinham capacidade para apostar na maquinização foram abandonando a cultura porque os custos de produção eram superiores aos rendimentos”, refere o produtor.

Um dos entraves à rentabilidade da produção é a extracção da flor do lúpulo que é feita na Alemanha, o que encarece a produção. Para justificar a instalação de uma fábrica de extracção seria necessária uma produção de 500 hectares. Investir nesta cultura pode não ser para todas as bolsas. Segundo os produtores, para produção de 6 hectares, o ideal para atingir uma produção rentável, é necessário um investimento de cerca de 500 mil euros, entre plantas e sistemas de irrigação e mecanização. Uma das soluções poderá ser a constituição de cooperativas e dividir parcelas, de forma a exigir menos investimento.

em Rádio Brigantia

Aditivos mais naturais?

Aditivos mais naturais? Politécnico de Bragança publica estudo com a Complutense, de MadridA Agência de Segurança Alimentar Europeia continua a colocar sob escrutínio alguns aditivos utilizados de forma massiva em muitos dos produtos que ingerimos: o ácido sórbico, o sorbato de potássio e o sorbato de cálcio, utilizados como conservantes, inibidores do crescimento de fungos e bactericidas. Estes conservantes existem na natureza em diversos alimentos e para a sua utilização na indústria são obtidos por síntese química. As quantidades diárias ingeridas, DDR – Dose Diária Recomendada, foram revistas tendo em conta novos dados científicos. Contudo, a utilização de aditivos, naturais ou sintéticos, é uma condição incontornável para consumir um alimento seguro, sem riscos de saúde para o consumidor.

Nesta linha, diversos investigadores da área alimentar têm direccionado os seus estudos para a utilização de aditivos naturais. Uma publicação muito recente na revista Trends in Food Science & Technology, em Junho 2015, de investigadores do Instituto Politécnico de Bragança e da Universidad Complutense de Madrid: “Natural food additives: Quo vadis?”, faz uma revisão dos aditivos naturais com poder antimicrobiano, antioxidante, adoçante ou de coloração, que foram testados ou estão já em utilização em produtos alimentares.

A disponibilização de alguns destes produtos naturais e a sua viabilidade económica ditarão as regras de um caminho a percorrer, que começa na ciência com a validação técnica da aplicabilidade de alguns dos aditivos naturais testados, seguindo assim as novas exigências dos consumidores.

em CiênciaHoje

Oportunidades para a fileira dos frutos secos

CNCFS Tomada Posse

Produtores de castanha devem estar atentos aos sinais de infestação pela vespa asiática

Até ao final do próximo mês, os agricultores devem inspeccionar os soutos de castanheiros novos, de forma a detectarem galhas afectadas pela vespa asiática. A recomendação é de Albino Bento, presidente da Escola Superior Agrária de Bragança e investigador na área da Protecção Integrada e Luta Biológica contra Pragas no Centro de Investigação de Montanha do IPB.

O investigador reconhece que a área de novas plantações é extensa mas para evitar a propagação, os agricultores devem fazer um esforço e estar atentos aos sinais de infestação. “Temos cerca de um mês sem adultos de vespa no exterior dos gomos. Este era o período que deveria ser aproveitado pelos agricultores que fizeram plantações este ano com plantas de origem espanhola ou desconhecida a passarem várias vezes pelas novas plantações e, encontrando galhas afectadas, devem recolhê-las, destrui-las e mete-las em sacos plásticos. Isso minimizava ou reduzia o problema. Compreendo que seja muito difícil conseguir passar por toda as área plantadas este ano, que foi elevada, mas deveria ser feito um esforço nesse sentido”, frisa Albino Bento.

Os investigadores na área, acreditam que o aparecimento da vespa na região transmontana se deve à importação de castanheiros espanhóis infectados. Albino Bento lamenta que continuem a ser comercializados castanheiros de viveiros localizados em regiões infestadas pela vespa.

O Município de Bragança aprovou ontem uma resolução, em reunião de câmara, a apelar ao combate à vespa do castanheiro. No documento, enviado a várias entidades relacionadas com a agricultura, instituições de ensino superior, juntas de freguesia, e ao Ministério da Agricultura o Município de Bragança exige que sejam tomadas, no mais curto espaço de tempo, as medidas necessárias ao combate eficaz deste potencial flagelo económico e social para a região de Trás-os-Montes, “solicitando-se, com carácter de urgência, a introdução das medidas financeiras e legislativas capazes de garantir aos agentes da fileira as condições para vencerem esta ameaça, sem os custos por que tiveram que passar outros países”.

em Rádio Brigantia

Recursos micológicos ainda são subaproveitados

É necessária uma estratégia conjunta para aproveitar os recursos micológicos na região. Este é um dos pressupostos que, de acordo com Anabela Martins, investigadora do Centro de Investigação de Montanha, deve ser seguido pelas autarquias da região, para potenciar o recurso endógeno que continua a ser subaproveitado.

A ideia do trabalho em rede na área do micoturismo, na comercialização ou na regulamentação foi defendido pela docente do Instituto Politécnico de Bragança num encontro dedicado ao Micoturismo, em Alfândega da Fé. “No micoturismo, na comercialização ou na regulamentação, há que fazer um trabalho em rede, porque somos um território com baixíssima densidade populacional e se para cada autarquia houver uma política diferente de tratar um recurso isso pode vir a criar um problema. Há estratégias que podem ser conjuntas, concertadas e trabalhadas em rede”, defende Anabela Martins.

O encontro, que contou com vinte participantes, foi organizada em colaboração pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé e a Ambifungi, uma empresa do concelho que há um ano se dedica à transformação e comercialização de cogumelos selvagens. Marco Ferraz, um dos responsáveis do projecto, entende que os cogumelos são um recurso ainda desconhecido, por isso a informação é fundamental para promover o turismo ligado à micologia. “Os cogumelos são um recurso que ainda é um pouco desconhecido, e é importante promover acções de formação, exposições de fotografia, menus gastronómicos na restauração local. O objectivo é criar uma estratégia para chamar visitantes e haver a capacidades de os receber para eles voltarem, para que não façam só um passeio no Outono e outro na Primavera”, defende Marco Ferraz. O Município alfandeguense já tem vindo a proporcionar algumas iniciativas na área do turismo ligado à micologia com passeios e encontros, mas, de acordo como empreendedor, o objectivo do debate é criar uma estratégia de promoção do sector que possa contar com o envolvimento de outros agentes, como guias ou apanhadores de cogumelos selvagens com formação.

em Rádio Brigantia

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