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Blogue de notícias da Escola Superior Agrária de Bragança

Categoria: Notícias (page 15 of 19)

A investigação da montanha é lá no CIMO!

As montanhas transmontanas são o cenário ideal para a instalação do CIMO. Criada em 2003, esta unidade de investigação está integrada no Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Centro de Investigação de Montanha é o que quer dizer a sigla. Incorpora actualmente 98 membros, 60 dos quais doutorados, contando ainda com colaboradores externos ao IPB. «No seu género é único no País», confirma ao Ciência Hoje Jaime Pires, o responsável.

Ainda que seja um Centro multidisciplinar, foca-se essencialmente no desenvolvimento sustentável das regiões rurais e de montanha, identificadas como ecossistemas sensíveis e repositórios de biodiversidade.
Um dos grandes projectos em que o CIMO está envolvido é a atribuição de valor ambiental à paisagem para que as populações locais possam ser ressarcidas pela valorização. Jaime Pires salienta ainda o trabalho desenvolvido junto da oliveira, do castanheiro e do sistema agro-pecuário. «Avaliamos a fertilização, a cobertura do solo», afirma, referindo-se à oliveira.

O CIMO encontra-se subdividido em três grupos: o primeiro dedica-se aos Ecossistemas Naturais e Áreas Públicas, o segundo à Agricultura de Montanha e o último à Tecnologia e Segurança Alimentar. Estas três equipas debruçam-se, fundamentalmente, sobre questões relacionadas com a floresta, a caça, a pesca, a apicultura, a ecologia da paisagem, os cogumelos, os sistemas agro-pecuários e a caracterização físico-química e microbiológica de produtos naturais, procurando conciliar o trabalho de campo, onde recolhem muitas das matrizes que estudam, e o trabalho laboratorial, desempenhado maioritariamente no Instituto Politécnico.

Este centro tem anualmente um milhão de euros à sua disposição. Importa salientar, contudo, que a maior parte dos fundos são resultado dos projectos de investigação e da prestação de serviços à comunidade levada a cabo pelos seus membros, nomeadamente análise de alimentos, solos e águas provenientes de todo o país.

Apesar do elevado nível de formação dos seus investigadores e do esforço colectivo para promover aquilo que de melhor se faz na região, o CIMO, segundo Jaime Pires, depara-se com alguns problemas que o impedem de concorrer com os seus congéneres situados em zonas mais favorecidas, nomeadamente a dificuldade em fixar recursos humanos e a cooperação com outros centros, decorrente do factor interioridade.

em CiênciaHoje

CIMO

Bragança: Plantação de antigas hortas abandonadas

Uma instituição de solidariedade de Bragança vai reduzir em cerca de um terço a despesa com alimentação, plantando hortas abandonadas na cidade com o apoio científico do instituto politécnico, numa parceria que vai abrir portas aos estudantes para estágios.

O protocolo entre a Obra Social Padre Miguel (OSPM) e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) foi ontem oficializado e contempla também a organização e disponibilização para investigação de uma biblioteca composta por milhares de livros doados à instituição.

A parte agrícola desta parceria é a que terá de imediato mais visibilidade com a OSPM a recuperar antigas hortas que se encontram sem cultivo no raio de um quilómetro em torno das instalações, na zona de São Lázaro.

São oito hectares cedidos pelos proprietários, segundo explicou o presidente, Nuno Álvaro Vaz, de onde espera colher uma variedade de alimentos agrícolas para as 500 refeições diárias fornecidas nas diferentes valências, dos idosos à creche, num total de perto de 300 pessoas, incluindo 90 funcionários.

O IPB colabora, fornecendo conhecimento e dispondo de espaço para a prática dos alunos da Escola Superior Agrária.

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Cogumelos: família de Bragança comeu «a pior» das espécies

A espécie de cogumelo ingerida pela família de Bragança que se encontra hospitalizada com uma intoxicação é «entre as más, a pior de todas», disse à Lusa a investigadora que analisou exemplares servidos na refeição.
«É altamente tóxica e mortal se não for atacada rapidamente», afirmou Anabela Martins, investigadora na área da micologia do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

A espécie em causa tem o nome científico de «Manita Phalloides», é de cor verde, mas pode apresentar também um tom amarelado.

O hospital de Bragança, onde deram entrada na urgência sexta-feira mãe, filha, neta e genro, pediu a colaboração da investigadora a quem foram entregues algumas amostras da espécie ingerida.
Anabela Martins não percebe «como é que se podem ter enganado», nomeadamente a avó, que foi quem apanhou os cogumelos para a refeição da família.
A investigadora deixa um alerta «a todas as pessoas para que se não tiverem certeza, mesmo que seja parecido [com uma espécie boa] não comam». «Na dúvida deitem fora», reiterou.
De acordo com Anabela Martins, estas espécies venenosas podem matar em pouco tempo, destruindo os rins e o fígado. O pior, realçou, é que a sintomatologia pode também enganar e por isso, deixa mais um alerta.
«Se comerem cogumelos e começarem a sentir um mal-estar, diarreias, vão logo ao hospital e digam o que comeram», apelou.
Segundo explicou, em caso de intoxicação, este mal-estar «surge e pode passar por 48 horas» e entretanto o veneno está a atacar o fígado.
«É silencioso, só quando está praticamente destruído, é que os sintomas voltam», afirmou.

IPB investiga método inovador para esterilizar castanhas

Operadores utilizam água quente para esterilizar o fruto que é exportado para países terceiros, mas investigadores querem colocar em prática a esterilização por irradiação

O Instituto Politécnico de Bragança, em parceria com uma empresa da região, com a Universidade do Minho e com o Instituto de Tecnologia Nuclear, está a levar a cabo um projecto de investigação dedicado à esterilização e conservação da castanha que é exportada para países terceiros. É que está em vigor uma norma da Comunidade Europeia que proíbe o uso de bormeto de metilo, o químico utilizado para fazer a devida desinfecção, de modo a que castanha chegasse ao destino sem alterações.

Segundo António Graça, director regional de Agricultura, esta imposição comunitária nada tem que ver com questões de segurança alimentar, até porque este produto não deixava quaisquer resíduos. “É uma questão de natureza ambiental”, explicou.

Com as novas normas em vigor, os operadores de castanha que trabalham na área de exportação tiveram que adoptar como alternativa o uso de água quente, “uma alternativa fácil e viável de utilizar”, na opinião de António Graça.

No entanto, os investigadores consideram que o tratamento com água quente pode não ser assim tão eficaz, uma vez que obriga à secagem da castanha, caso contrário pode apodrecer durante o período de transporte.

Albino Bento, presidente da Escola Superior Agrária e investigador do Centro de Montanha, considera mesmo que o método da água quente “não é económico, é difícil, demorado e complicado”.

Por isso, os vários investigadores procuram uma nova alternativa, nomeadamente a desinfecção por irradiação, através do uso de feixes de electrões. O projecto foi submetido à Agência Portuguesa da Inovação e é financiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), no entanto, só dentro de três anos é que deverá estar concluído. “Neste momento estamos a trabalhar, já fizemos os primeiros testes e temos esperança que o uso de feixes de electrões possa vir a funcionar”, apontou Albino Bento.

Esta técnica de irradiação visa a esterilização da castanha sem comprometer a sua qualidade. “O que se pretende é matar as pragas e os fungos, mantendo a qualidade, o sabor e as características do fruto”.

Amílcar António e Elsa Ramalhosa, investigadores ligados a este projecto, adiantam, ainda, que esta técnica da irradiação já foi testada na União Europeia em outros alimentos. Resta agora saber se, utilizado na castanha, mantém as suas características.

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Projecto europeu visa comparar qualificações em Agricultura

Presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, aponta a exportação do ensino das Ciências Agrárias para optimizar recursos nacionais

O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) acolheu a única reunião, realizada em Portugal, no âmbito do Projecto ImpAQ – Melhorar a Comparabilidade das Qualificações em Agricultura. Os sete países parceiros neste programa juntaram-se para discutir e comparar as qualificações existentes em cada nação para, depois, se elaborar uma “matriz” que englobe todas as semelhanças e diferenças na área da Agricultura. A par desta reunião, o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, voltou a sublinhar o “excesso” de cursos em Ciências Agrárias e adiantou que a exportação do know-how português na matéria será uma mais-valia para o ensino e para o desenvolvimento do País.

Com um durabilidade de dois anos, o Projecto ImpAQ pretende, acima de tudo, “criar um conjunto de critérios que permitam a comparabilidade de formações e qualificações na área agrícola”, frisou o docente da Escola Superior Agrária do IPB, Tomás Figueiredo. As qualificações abrangidas vão desde os “níveis mais básicos, até aos mais superiores, incluindo doutoramentos”, bem como todas as áreas agrícolas, como as de pendor ambiental, biotecnológico, agro-alimentar, florestal e produção animal.

Para alcançar este propósito, o professor salientou que é fundamental criar, numa primeira fase, um “inventário das condições de formação em todos os países envolvidos”, registando todas as “qualificações existentes e os conceitos a elas associadas nos países integrantes”, referiu Tomás Figueiredo.

Em pontos gerais, este projecto visa a organização de “critérios básicos” que permita “dizer que uma certa formação num certo país é comparável a uma outra formação numa outra nação, até com diferente designação, mas cujo conteúdo e qualificações atribuídas sejam comparáveis”.

Liderado pela Universidade Marconi, de Itália, o projecto conta também com a parceria de Portugal, França, Áustria, Suécia, Hungria e Holanda. “Ainda que tenhamos uma diversidade de formações na Europa, vale a pena o esforço, porque estamos num contexto europeu de trabalho.” Neste âmbito, Tomás Figueiredo destacou que os empregadores e as instituições de ensino têm de se “consciencializar” que estão a “formar e qualificar pessoas para o espaço europeu e não somente para o seu próprio país”.

IPB vai exportar ensino das Ciências Agrárias

Para a realidade nacional, o presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, salientou que existe um “excessivo” número de “escolas de Ciências Agrárias”, mas isso não significa, de acordo com o responsável, que se deva partir para o encerramento ou para a redução da oferta.

É que, na opinião de Sobrinho Teixeira, Portugal deve aproveitar, no seu todo, as mais-valias do conhecimento que detém nesta área para o exportar para, por exemplo, os países de língua portuguesa, onde existe uma carência de profissionais. “Já temos uma infra-estrutura montada e, por isso, devemos olhar para o ensino agrário no sentido da exportação. Por exemplo, Angola tem 11 engenheiros florestais para uma superfície que é 14 vezes superior à de Portugal. É nisto que devemos apostar.”

O presidente do IPB avançou também que professores agrários irão para São Tomé e Príncipe para dar aulas, por módulos, no Mestrado em Segurança Alimentar. “Temos que ver nas dificuldades uma oportunidade. Com a capacidade de recursos humanos e técnicos que as instituições de ensino têm, seria um desperdício desaproveitá-las.”

em: Mensageiro Bragança

Mirandela discute soluções para a produção de cabras e ovelhas

Tendo como principal objectivo a promoção e a defesa da actividade, está a decorrer em Mirandela a II Reunião Nacional de Caprinicultura. A organização pertence à Escola Superior Agrária de Bragança, Centro de Investigação de Montanha e Associação Nacional de Caprinicultores da Raça Serrana.

O evento reúne criadores, professores, investigadores e alunos para debater os problemas e projectos para o sector. Para Arménio Vaz, Presidente da direcção da Associação Nacional de Caprinicultores da Raça Serrana (ANCRAS), é urgente que os mais novos se interessem por este sector e que sejam criadas medidas de incentivo à produção.

“A faixa etária dos produtores cada vez está mais envelhecida e nós precisamos de muitos apoios, sobretudo para os jovens se instalarem.”

Mesmo a pastorícia tem sofrido com os preconceitos impostos pela sociedade ao considera-la como uma profissão menor. Nesse sentido, Sales Henriques da Direcção Geral de Veterinária, considera importante começar a olhar para esta actividade de maneira diferente.

“Olhar para uma actividade às vezes não muito considerada da sociedade mas extremamente importante, principalmente nas zonas desfavorecidas, porque é a cabra que consegue viver quando mais nenhum animal sobrevive e é a cabra que consegue ter produtividade de leite e carne, como quase mais nenhuma espécie animal tem.”

E para ajudar a dinamizar o sector da caprinicultura, está a ser criado um projecto pela Escola Agrária de Bragança que visa a valorização da carne caprina, aqui explicado Alfredo Teixeira do IPB.

“Esses novos produtos são relacionados com a apresentação já pré-industrial – já tivemos uma fase de investigação -, que é a apresentação de mantas salgadas de carne a dois enchidos com base também de ovino e caprino. Uma valorização de produtos mais esquecidos, como o cabrito DOP, que não têm tanta venda no mercado mas que estamos a tentar valorizar.”

A II Reunião Nacional de Caprinicultura decorre em Mirandela até ao próximo sábado.

fonte: Rádio Brigantia

Há 3995 espécies de plantas em Portugal

Equipa de botânicos esteve três anos para criar primeira lista de referência das plantas existentes no país. Registo inclui plantas novas e as que mudam de nome consoante a região

Uma equipa de 18 botânicos trabalhou três anos para criar a primeira lista de referência das plantas de Portugal.
O inventário “limpou” repetições e nomes que vão mudando com o tempo e chegou ao número total de 3995 espécies.
À partida, fazer a lista das plantas pode parecer fácil. Mas não é. Foram três anos a estudar várias obras de referência – desactualizadas e regionais. Um autêntico labirinto por entre várias centenas de espécies. Miguel Sequeira, presidente da Associação Lusitana de Fitossociologia (entidade que elaborou a lista), explica ao PÚBLICO alguns problemas:“Por um lado, temos as espécies que, ao longo do tempo, foram adquirindo nomes diferentes e, por outro, há plantas que têm várias nomenclaturas, conforme a região. E temos de ter o cuidado de não esquecer nenhuma espécie.” O botânico admite que “nem sempre é fácil descobrir onde estão as repetições”.
A equipa – que reuniu investigadores das universidades dos Açores, Coimbra, Évora, Lisboa, Madeira, Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro, Instituto Superior de Agronomia, Escola Superior Agrária de Bragança – definiu um conjunto de critérios e deitou mãos à obra, criando a primeira lista que tem todas as plantas vasculares – autóctones, endémicas e introduzidas – e que inclui todo o território nacional. Continue reading

Semana Open Access

Semana Open Access

Estudantes solidários recolhem alimentos

No dia 27 de Outubro os alunos da Escola Superior Agrária de Bragança vão fazer uma recolha de bens para entregar a instituições
A Associação de Estudantes e os Alunos da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança vão realizar uma recolha de alimentos não perecíveis, do dia 27 de Outubro na cidade de Bragança. Trata-se de uma acção de solidariedade que tem como objectivo angariar bens que serão, posteriormente, distribuídos por instituições brigantinas, que trabalham na área do apoio social.
A iniciativa surgiu na sequência de numa reflexão entre alunos, que se predisponham a desenvolver tarefas com o fim último de incrementar acções no sentido de prestar um serviço para além de cívico, acima de tudo humanitário.
Esta acção vem sendo desenvolvida nos últimos quatro anos pela academia, e tem “sido pautada por um enorme êxito”, refere a Associação de Estudantes através de uma nota de imprensa.
O crescimento das iniciativas de carácter solidário está relacionado com o aumento das dificuldades económicas em determinadas franjas da população local, uma realidade a que os estudantes estão atentos e motiva a sua preocupação.
Os jovens apelam assim à solidariedade dos habitantes de Bragança no sentido de contribuírem com o que lhes for possível.

em Jornal Nordeste

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