IPB está a promover o primeiro painel de provadores de azeitona de mesa do país
O Instituto Politécnico de Bragança está a desenvolver o primeiro painel de provadores de azeitona de mesa do país. O Laboratório de Agrotecnologia da Escola Superior Agrária é solicitado por empresas e associações de produtores para analisar amostras de azeite e azeitona, de forma a controlar a qualidade destes produtos.
Conseguir completar um painel de provadores nem sempre é fácil, e por isso, o IPB está a aceitar inscrições de interessados em participar em formações de provadores.
Ser provador de azeite ou de azeitona de mesa pode não ser tarefa fácil.
Mas, há quem diga que depois de se entrar nesta área, toma-se o gosto e quer-se aperfeiçoar cada vez mais a técnica.
Maria José Miranda, professora do departamento de Biologia e Biotecnologia do Instituto Politécnico de Bragança, é provadora de carnes há mais de cinco anos e decidiu começar a integrar painéis de provadores de outro tipo de alimentos.
No ano passado, começou a provar azeitona mas, confessa que gosta mais de provar azeite.
“Já sou provadora de carne e azeitona. Depois comecei a participar nas sessões de provas de azeite e gostei muito. Costumo integrar diversos painéis de provas de produto alimentares no IPB. O último painel do qual fiz parte foi um de paté, no mês passado”, disse.
Muitos provadores têm o primeiro contacto com a profissão ao frequentar a licenciatura em Engenharia Alimentar. E depois da primeira sessão prática de avaliação de defeitos sensoriais de azeitona de mesa ou de provas de azeite, não hesitam em integrar um painel de provadores. É o caso de Francisca Ferraz, de 21 anos, natural de Braga.
“Vou-me inscrever como provadora. Desde uma aula que tivemos de prova sensorial de azeite que fiquei fascinada pela área do azeite e da azeitona.
Para se ser provador é necessário treinar durante várias sessões, como explica Nuno Rodrigues, investigador do Laboratório de Agrotecnologia.
Conseguir um painel formado por bons provadores, pode não ser tarefa fácil. “É difícil arranjar pessoas que provem bem mas, com o passar do tempo, as pessoas acabam por se habituar. É um treino exaustivo, são precisas muitas sessões para que as pessoas se comecem a habituar. Por vezes, estão habituadas a consumir produtos com defeito e associam aquilo que conhecem à boa qualidade”, referiu Nuno Rodrigues.
Actualmente, não é obrigatório submeter a azeitona de mesa a um painel de provadores que ateste a sua qualidade sensorial para poder comercializá-la mas os investigadores acreditam que passe a sê-lo em breve, sendo importante formar novos provadores.
Até ao próximo dia 13, o Instituto Politécnico de Bragança está a aceitar inscrições para novos cursos de provadores de azeite e de azeitona de mesa.
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