A espécie de cogumelo ingerida pela família de Bragança que se encontra hospitalizada com uma intoxicação é «entre as más, a pior de todas», disse à Lusa a investigadora que analisou exemplares servidos na refeição.
«É altamente tóxica e mortal se não for atacada rapidamente», afirmou Anabela Martins, investigadora na área da micologia do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
A espécie em causa tem o nome científico de «Manita Phalloides», é de cor verde, mas pode apresentar também um tom amarelado.
O hospital de Bragança, onde deram entrada na urgência sexta-feira mãe, filha, neta e genro, pediu a colaboração da investigadora a quem foram entregues algumas amostras da espécie ingerida.
Anabela Martins não percebe «como é que se podem ter enganado», nomeadamente a avó, que foi quem apanhou os cogumelos para a refeição da família.
A investigadora deixa um alerta «a todas as pessoas para que se não tiverem certeza, mesmo que seja parecido [com uma espécie boa] não comam». «Na dúvida deitem fora», reiterou.
De acordo com Anabela Martins, estas espécies venenosas podem matar em pouco tempo, destruindo os rins e o fígado. O pior, realçou, é que a sintomatologia pode também enganar e por isso, deixa mais um alerta.
«Se comerem cogumelos e começarem a sentir um mal-estar, diarreias, vão logo ao hospital e digam o que comeram», apelou.
Segundo explicou, em caso de intoxicação, este mal-estar «surge e pode passar por 48 horas» e entretanto o veneno está a atacar o fígado.
«É silencioso, só quando está praticamente destruído, é que os sintomas voltam», afirmou.
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