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Metade do lixo de 50 famílias de Bragança vai ser reaproveitado para fertilizante

Metade do lixo produzido por 50 famílias de Bragança vai ser reaproveitado para fertilizar jardins e quintais no âmbito de um projecto-piloto de compostagem doméstica hoje apresentado pela autarquia local.

A Câmara de Bragança escolheu o Dia da Terra, que se assinala hoje, para entregar 50 compostores a outras tantas famílias.

A área-piloto deste projecto é o bairro de Vale Churido, uma zona de vivendas, onde é mais fácil individualizar a experiência, segundo o vice-presidente da autarquia e responsável pela área do Ambiente.

Rui Caseiro entregou os primeiros compostores e espera alargar a iniciativa a outras zonas da cidade, depois de avaliados os resultados desta experiência que vai prolongar-se até ao final do ano.

As famílias que aderiram vão depositar todo o lixo orgânico doméstico, sobretudo vegetais, e restos dos jardins, nomeadamente folhas, no contentor verde com capacidade de 300 litros. “Não tem cheiro”, garante o autarca.

As únicas operações que este processo exige é o depósito do lixo no compostor, mexer e arejar de vez em quando.

O composto resultante é utilizado como fertilizante nos jardins e quintais ou hortas, como acontecia antigamente na agricultura tradicional.

A família de Belmiro Vilela recebeu um dos compostores, mas há muito tempo que recorre a esta prática nos jardins da sua moradia. “As árvores até puxam melhor”, assegurou, elogiando os benefícios deste método.

Aquele habitante exortou a Câmara a disponibilizar um compostor maior, na cidade, onde as pessoas pudessem ir buscar este composto orgânico para utilizarem em vez de adubos industriais.

Para aqueles que ainda não estão familiarizados com o processo, a autarquia distribuiu um guia com os métodos e procedimentos.

O concelho de Bragança produz 16 mil toneladas de lixo por ano, segundo Rui Caseiro, muito do qual poderia ser reciclado ou sujeito a compostagem.

Rui Caseiro acredita que metade do lixo doméstico pode ser encaminhado para compostagem e outra parte significativa reciclado.

Quanto maior for a adesão a estas práticas, menos lixo será depositado no para aterro sanitário da Terra Quente comum a treze municípios do Nordeste Transmontano.

A autarquia pretende estimular os cidadãos a aderirem a estas práticas, nomeadamente através deste projecto-piloto que será supervisionado pelo Instituto Politécnico de Bragança e a Empresa Intermunicipal Resíduos do Nordeste.

Fonte: Publico.pt

1 Comment

  1. Bragança a favor do ambiente

    Desde a passada terça-feira que 50 famílias do bairro Vale Churido, em Bragança, têm a tarefa de separar os resíduos domésticos biodegradáveis e depositá-los num compostor de 300 litros. Trata-se de uma iniciativa integrada no projecto-piloto de Compostagem Doméstica, promovido pela Câmara Municipal de Bragança (CMB), em parceria com a empresa intermunicipal Resíduos do Nordeste (RN) e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), que pretende sensibilizar a população para a diminuição de resíduos sólidos urbanos nos aterros.
    “Temos que fazer um esforço no que toca à sustentabilidade de futuro, que passa pela redução de resíduos e, consequentemente, de custos para os munícipes”, explicou o vice-presidente da CMB, Rui Caseiro.
    Assim, as 50 famílias assumiram o compromisso de depositarem todos os resíduos biodegradáveis no compostor, como restos de legumes e vegetais, folhas e ervas de plantas, que depois de colocados naquele equipamento se vão decompondo naturalmente. “Não emite cheiros, não é nada poluente e ajuda à futura sustentabilidade do nosso planeta”, alertou o autarca.
    Só através de pequenos gestos como este que é possível reduzir o lixo depositado em contentores, o que se traduz em menos resíduos transportados para o aterro sanitário. “Este procedimento acarreta custos elevadíssimos, quando temos a possibilidade de tratarmos os resíduos produzidos nas nossas habitações e utilizá-los como estrume no jardim”, salientou Rui Caseiro.
    Adepta da separação de lixo, Salomé Mina, que recebeu um compostor, acredita que esta iniciativa é “uma forma de contribuir para o meio ambiente, sendo que até os miúdos vão achar engraçado ajudar”.
    Juntamente com o compostor, as famílias receberam um guia de métodos e procedimentos de compostagem, sendo que no final do projecto, que deverá durar de seis a oito meses, serão avaliados os resultados, bem como o possível alargamento desta iniciativa a outras zonas da cidade.

    Por: Sandra Canteiro
    http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=216&id=9246&idSeccao=2036&Action=noticia

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